Rasga Mortalha parte da lenda da coruja “Suindara” – muito contada no folclore do Norte e Nordeste do Brasil – para abordar as urgências sociopolíticas do país. Acredita-se que a aparição de sua figura branca, seguida pelo grito selvagem – que se assemelha ao som de um tecido sendo rasgado ao meio – carrega o presságio da morte. Como um vetor metafórico para pensar, e também transcender, uma visão fatalista da história brasileira, o artista utiliza essa tradição popular para atravessar séculos de eventos públicos com memórias, referências e imaginações pessoais, criando uma narrativa carregada e afiada.
Rasga Mortalha
